A poeta russa Bella Akhmadulina, um dos nomes maiores da literatura contemporânea russa, morreu esta segunda-feira, aos 73 anos.
Tanto o Presidente russo, Dmitri Medvedev, como o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin já lamentaram a “perda irreparável” de uma escritora, que recorda a AP, era reconhecida pelo uso ousado da metáfora.
Nascida em 1937, Akhmadulina publicou os primeiros poemas em 1955, na revista “Outubro” e rapidamente se tornou célebre no país, dominado então pelo regime soviético. Um ano antes, casara com Evgueni Evtuchenko, um dos poetas mais célebres da breve abertura cultural que se seguiu à morte de Estaline.
Ao desanuviamento segue-se novo período de chumbo, e nas décadas seguintes não só desafiará o regime – participará no almanaque "Metropol", que desafia a censura – como sairá a público em defesa de poetas ou dissidentes, como o físico nuclear e Nobel da Paz Andrei Sakharov, a quem os ideais pacifistas valeram o exílio interno.
“A Bella era uma figura-chave da geração dos anos 60, uma pluma clara e autónoma, uma grande poeta”, disse Viktor Erofeev, que colaborou com ela no "Metropol".
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